Prótese de Joelho

O que é a prótese de joelho

A artroplastia de joelho, também conhecida como prótese do joelho, consiste na substituição da articulação afetada por um implante em metal e polietileno.

Quadro Clínico

A cirurgia de prótese de joelho está indicada quando o paciente apresenta um grau avançado de desgaste da articulação, ou seja, quando existir um grau de osteoartrose importante. Nesta situação, o paciente reclama de dores intensas que limitam as suas atividades cotidianas, como caminhar, subir e descer uns lances de escada, se levantar de uma cadeira, de sair facilmente do carro, entre outras dificuldades. Também é comum haver deformidades dos joelhos e ele comumente perde alguns graus da movimentação normal (deixa de dobrar ou esticar completamente). A presença de crepitação (“croc- croc”) é frequente também.

Como o tratamento é realizado

Falarei aqui do tipo mais comum de prótese de joelho, que é a prótese total de joelho, em que substituímos o fêmur, a tíbia, a patela e quando colocamos também um politetileno (plástico especial) que fica entre o fêmur e a tíbia, funcionando como a cartilagem e os meniscos.

A cirurgia é realizada num hospital de médio ou grande porte e demora cerca de 2 horas. Normalmente a anestesia é a raquianestesia e o médico faz uma incisão longitudinal na região anterior do joelho e acessa os ossos do joelho. São feitos cortes nos ossos de forma pré calculada para que a prótese seja assentada com cimento formando uma “capa” tanto no fêmur e na tíbia. Depois a patela é recapeada com um polietileno e também um polietileno é colocado no meio da articulação. Detalhes técnicos da cirurgia que envolvem o correto alinhamento do membro e o balanço ligamentar do joelho são fundamentais para que a prótese tenha um bom resultado, para que ela fique firme, garantindo que ela tenha uma grande durabilidade. Após a cirurgia o paciente pode ser encaminhado para o quarto e assim que possível o processo de reabilitação é iniciado. Em geral o paciente tem alta do hospital no terceiro ou quarto dia de pós operatório, já caminhando com muletas ou andador e já dobrando o joelho.

Risco de rejeição da prótese

Uma pergunta bastante feita pelos pacientes é sobre rejeição do corpo à prótese. Na verdade, o material metálico mais usado é uma liga de cromo-cobalto e o material plástico é o polietilileno de alta peso molecular e estes materiais não produzem processo de alergia ou rejeição do corpo. Em alguns poucos casos (menos que 2% das cirurgias de prótese), o que pode haver é uma infecção local, atingindo o joelho e a prótese. Este é um processo bastante delicado caracteriza-se pela introdução de uma bactéria na articulação. Pode acontecer no pós operatório imediato ou tardio e pode levar a uma soltura da prótese. Todo o cuidado perioperatório por parte da equipe hospitalar e do próprio paciente deve ser observado para minimizar este risco.

Para quem é indicada a prótese de joelho

As próteses de joelho são normalmente colocadas nos pacientes com artrose avançada e isto normalmente acontece em pacientes acima dos 60 anos. Entretanto, pacientes jovens que tiveram graves acidentes ou pacientes com algum desgaste precoce por doenças reumáticas, podem ser candidatos à cirurgia de prótese do joelho. Não existe uma contra-indicação absoluta para pacientes com 35- 40 anos serem submetidos a uma prótese. A durabilidade atual de próteses bem operadas gira em torno de 25 a 30 anos e uma nova cirurgia (chamada de revisão), pode ser feita num segundo momento para trocar uma ou mais partes desgastadas da prótese. Por outro lado, pacientes mais idosos, com 85 e até 90 anos de idade, também podem ser operados para a colocação de uma prótese, se estiverem gozando de uma boa saúde. Um problema que os médicos brasileiros enfrentam é que muitos pacientes, às vezes por medo, às vezes por dificuldade de acesso ao sistema de saúde, deixam a artrose avançar muito, acarretando graves deformidades ósseas. Isso dificulta a recuperação e pode diminuir a durabilidade da prótese. Assim, é importante que o médico saiba indicar o momento mais oportuno desta cirurgia (costumo dizer que o paciente não “pode deixar o bonde passar !”).

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